domingo, 4 de maio de 2014

1.

A humanidade trilha os mesmos caminhos desde sempre. Ele tinha os olhos e os cabelos castanhos. A população mundial passou dos sete bilhões e as pessoas continuam a acreditar em fantasmas, deuses, loterias e no amor. Não basta que o cotidiano sufoque cada sopro de suas vidas, bastava passar uma mulher sorridente e leve que os ânimos dele mudavam.  Preferia vodka do que vinho ou cerveja, preferia a linguagem matemática e o que havia de regras a serem infringidas.

"Os números parecem exatos e discursam em nosso favor", repetia. Todos os dias acompanhava o que estava sendo dito nos jornais para descobrir o que poderia ser questionado.
Questionava as tradições, a política, o sistema econômico, os juros bancários e os meus livros favoritos.
Acreditava em fantasmas, deuses, loterias e no amor.

V. M. Brito
Os presentes escritos são um desafio e estão aqui reunidos por alguns motivos:
Primeiro porque há tempos não escrevo. Depois, porque todos cobram que eu escreva.
Terceiro porque uma pessoa que sempre escreveu em poesia escolheu, nesse ponto da vida, a prosa poética.

Os textos que aqui aparecerão seguem três regras:

1. Eles abordam o ponto de vista alheio ou são sobre outras pessoas
2. Nenhum nome será mencionado
3. Todas as postagens serão numeradas

Que venham, pois.


V. M. Brito

"We don’t see things as they are; we see them as we are."
 Anaïs Nin